sábado, abril 19, 2008

Mais que tudo isso

Mais que um dia, mais que uma noite bem dormida, mais que reflexões sem ações, mais que diálogos, mais que monólogos, mais que desabafos, mais que mesas de bar, mais que copos vazios. Mais que tudo isso junto, separado ou misturado. Mais é preciso. Mais que tudo isso porque tudo isso acaba virando tempo perdido.

Na ladeira da vida

Lá vai ela!
Subindo a ladeira da vida
Mochila nas costas
sorriso tímido no rosto.
Como pesa essa mochila!
Lá dentro ela carrega o fardo
de ao nascer ter sido escolhida
de viver para a vida dos outros
e caminhar sozinha.
Ela sobe, sobe e se cansa.
tenta esvaziar a mochila
mas coragem lhe falta
para abandoná-la em qualquer esquina.
Não sei se coragem nela falta
ou coragem nela transborda.
coragem também é um dom
para quem abidica seus anseios
para cuidar dos problemas alheios.
Lá vai ela!
Subindo a ladeira da vida
Quem dera fosse uma descida
assim numa pedra ela tropecaria
a mochila cairia
livre a menina ficaria
e viveria sua propria vida.

sexta-feira, abril 18, 2008

WHERE'S MY MIND?


Stop!

With your feet on the air and your head on the ground
Try this trick and spin it, (yeah!) yeah!
Your head will collapse but there's nothing in it
And you'll ask yourself:

Where is my mind?
Where is my mind?
Where is my mind?
Way out in the water
See it swimming?

I was swimming in the Caribbean
Animals were hiding behind the rocks
Except the little fish
But they told me he swears, trying to talk to me to me to me

Where is my mind?
Where is my mind?
Where is my mind?
Way out in the water
See it swimming?

With your feet on the air and your head on the ground
Try this trick and spin it, yeah!
Your head will collapse but there's nothing in it
And you'll ask yourself:

Where is my mind?
Where is my mind?
Where is my mind?
Way out in the water
See it swimming?

(With your feet on the air and your head on the ground
Try this trick and spin it, yeah!)

domingo, abril 13, 2008

Domingo é lembrança do que foi o sábado
É o começo da segunda-feira

quarta-feira, abril 09, 2008

Aniversário da Pri


Da discreta alegria

Longe do mundo vão, goza o feliz minuto
Que arrebatastes às horas distraídas.
Maior prazer não é roubar um fruto
Mas sim ir saboreá-lo às escondidas.

Mário Quintana


domingo, abril 06, 2008

Sobre as verdadeiras paixões

Um dia desses ouvi uma pergunta "Você faz alguma coisa que não seja com o coração? Suas fotos, seus textos...". Tal pergunta me surpreendeu e me deixou maravilhada. O que eu respondi, agora não importa muito, o que penso é como eu poderia fazer algo que não fosse com o coração? As pessoas, ou uma pessoa pelo menos, notar isso me traz bastante satisfação e alegria. Poderia passar meus dias com minha camera nas mãos e quando não ela, o lápis e o papel. Me considero sinceramente medíocre nessas duas atividades: fotografar e escrever. Nada sei de técnicas para uma boa fotografia, longe de mim me sentir poeta, tento registar na memória de minha sony cybershot 7.2mp tudo o que considero admirável ou intrigante, que me dê prazer ficar apreciando depois por longos instantes, mesmo que isso pareça sem noção para a maioria das pessoas. Escrevo para exteriorizar o que me afinge, para sair da abstração de meus pensamentos e se tornar letras numa folha de papel. Costumo dizer que sou mais emoção do que razão, não preciso de motivos mas de motivação, pra levantar cedo preciso pensar que algo de fantástico pode acontecer no meu dia e não que preciso pegar o trem cedo se não vou me atrasar. É como se os flocos de neve caíssem no inverno não por causa da baixa temperatura mas sim para enfeitar as árvores e o resto da cidade lhe dando um novo aspecto de beleza.

I'm not there


O nome do filme: Não estou lá, em inglês I'm not there, tradução literal e bem cabida. Mas por que assistir Não estou lá? Não acho muito necessário buscar razões lógicas para todas as coisas, ainda mais para assistir a um filme, mas como neste caso minha simples e não tão importante opinião sobre esse filme será redigida nas próximas linhas essa pergunta se faz pertinente. Em primeiro lugar porque é Bob Dylan! Mas quem é Bob Dylan, aliás quem é Bob Dylan para essa que vos escreve? É o homem que criou o folk, "a música feita pelo povo e para a audição deste povo". Dylan e sua arma que mata facistas criaram canções de protesto que pretendiam mudar o mundo, entretanto ele logo percebeu que a música pode elevar a consciência, mas dificilmente faria a revolução (Que pena isso!). O filme mostra a personalidade camaleonica de Bob Dylan, as diversas faces do artista, que não devem ser confundidas com fases, são simultaneas, se intercalam, se atropelam, se completam. Foram selecionados seis diferentes corpos para encarnar um único homem. Cada uma daquelas personalidades habitaram por algum tempo a alma de Bob Dylan. O filme é intrigante, pra não dizer confuso ou complexo, misturando história real com mitos e lendas. O que é realidade e o que é lenda no filme? Não sei bem... O que eu sei da história de Dylan? quase nada, não muito mais do que eu já expus aqui. Agora a música, ah a música... Isso sim, me encanta muito mais do que eu conseguria explicar. Poesia musicada, música falada, quase que recitada, em ritmo meio acelerado...
O filme tem canções de Bob Dylan fazendo a trilha, bem óbvio. Senti falta de ouvir "Blowing in the wind", mas pra compensar, a música que encerra o filme, aliás já estava triste quando vi as letrinhas subirem e ela não havia tocado: "Like a rolling stone" uma das músicas que mais gosto na minha vida. É muito expressiva, o sopro da gaita, Dylan cantando com o coração, o refrão... é tudo perfeito! Sabe uma música que te faz ter vontade de levantar da cadeira e fazer alguma coisa realmente extraordinária? De se sentir "como uma pedra rolando", pelo menos por alguns momentos?
Enfim, Não estou lá, vale a pena pra entender um pouco de onde vem a genialidade musical de Bob Dylan.