Existe um desejo maior, um impulso que me faz sentir vontade de passar mão na mesa e ver tudo cair no chão: livros, dicionários, papéis, canetas e toda essa farsa. Digo que ando na contra-mão mas não deixo todos os dias de cumprir minhas obrigações como o operário que entra na firma sabendo como vai ser seu dia. Sou só mais uma falando dos anseios internos e coletivos, acreditando que que tenho controle sobre meus atos, mas deixo que eles me controlem. Ás vezes me falta a paixão que eu preciso pra viver, talvez ela tenha me faltado muito ultimamente, então me apego ás obrigações e finjo que estou as cumprindo verdade. Essa crise com o mundo, esse não conformismo, esse medo de estar entrando em uma fila única, essa aflição de ter que fazer novas escolhas. Então abandono a vida regrada mas não o faço por inteiro, são apenas momentos. Amanhã é segunda-feira, dia de acordar cedo e tentar encontrar motivações pra semana que vai se repetir. Talvez eu seja só mais uma que grita por dentro e se cala pra verdade, talvez eu seja uma entre os poucos que assumem que tudo isso é uma farsa.domingo, maio 18, 2008
A farsa
Existe um desejo maior, um impulso que me faz sentir vontade de passar mão na mesa e ver tudo cair no chão: livros, dicionários, papéis, canetas e toda essa farsa. Digo que ando na contra-mão mas não deixo todos os dias de cumprir minhas obrigações como o operário que entra na firma sabendo como vai ser seu dia. Sou só mais uma falando dos anseios internos e coletivos, acreditando que que tenho controle sobre meus atos, mas deixo que eles me controlem. Ás vezes me falta a paixão que eu preciso pra viver, talvez ela tenha me faltado muito ultimamente, então me apego ás obrigações e finjo que estou as cumprindo verdade. Essa crise com o mundo, esse não conformismo, esse medo de estar entrando em uma fila única, essa aflição de ter que fazer novas escolhas. Então abandono a vida regrada mas não o faço por inteiro, são apenas momentos. Amanhã é segunda-feira, dia de acordar cedo e tentar encontrar motivações pra semana que vai se repetir. Talvez eu seja só mais uma que grita por dentro e se cala pra verdade, talvez eu seja uma entre os poucos que assumem que tudo isso é uma farsa.
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8 comentários:
doce Irmã, estou contigo...esta vontade de dar urros zurros murros...e não engolir o pastel!...por isso vamos navegando...com o sonho como bussula...eles... "eles não sabem, nem sonham...que o sonho comanda a vida...que sempre que um homem sonha...o mundo pula e avança...como bola colorida...entre as mãos de uma criança." António Gedeão e...o veleiro é teu...podes tomar as iniciativas que quiseres...a viagem não tem regresso...besos besos mas besos solo para ti...\
você não está entrando na uma fila... vc já nasceui nela e sabe disso... as chances de sair dela são minimas... e pra piorar, vc tambem sabe disso...
Mas o espetáculo não pode parar.
(cordel do fogo encatado)
Tudo é uma questão de escolha.
encantado
Olá Babí, eba, toh visitando seu blog ^^ A vida é f... as escolhas são demais mesmo, vivemos numa tal de Indecision, should-haves, could-haves... O que posso fazer, é torcer para que escolhamos as boas coisas =/ Bjos
Tambem penso muito nisso, sabe, Bah.. Parece que a parte dura da vida é a mior parte e a parte boa só existe em gotas... Mas, se fosse o contrário, se as coisas se invertessem, será que achariamos td o que fazemos nos fds tão bom? Eu realmente não sei, mas como nem dá pra tentar, pq num temos dinheiro pra parar com as obrigações e tentar viver isso, bóra achar os equilíbrios... O trabalho menos estressante possivel, os relacionamentos mais saborosos, as amizades mais concretas e divertidas, em fim.. O negócio e viver como quem sabe que pode morrer amanhã ou daqui a 80 anos...
Gostei da abordagem, ainda mais em tempos como estes...como eu te dizia no msn há alguns minutos "Hard times!"
Acho que essa é a grande questão do mundo moderno.
Este ser E não ser.
Não sei se você ainda se lembra, mas um dia estávamos conversando sobre algo parecido lá no CA, essa coisa do conformismo/não conformismo com o Eliabe. Eu até citei um livro que estava lendo na época (Tigre de Papel, de Olivier Rolin), que retratava uma geração de revolucionários algumas décadas depois, tendo se tornado exatamente o tipo de pessoa que eles combatiam no passado.
A pressão é grande, e por outro lado é humano cansar de apanhar da vida, né. A gente não concorda com tantas coisas e ainda assim acaba tendo que engolir regras para continuar sobrevivendo e questionando tantas outras...rs.
E assim a vida segue, com heróis de revoluções em produtos de boutique.
Somos poucos, mas não estamos sozinhos....
viajei? rs
Beijos, POEta.
ehhhh
um grande circo acompanhado de belos macacos.
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